O Apego ou a Teoria do Vínculo, defende que é essencial para o desenvolvimento saudável da criança a criação de um vínculo, ou ligação forte, emocional e físico a um cuidador principal nos primeiros anos de vida.
O vínculo é estabelecido numa idade onde a criança ainda não consegue comunicar a ansiedade sentida que origina elevados níveis de stress, e produção exagerada de cortisol e adrenalina, deixando a criança num forte estado de alerta. Se este estado se repete várias vezes, pode dar origem ao stress tóxico e prejudicar o desenvolvimento do cérebro da criança e o seu sistema imunitário.
Quando a criança tem um “fio” que a liga fortemente a alguém, sente-se preparada para explorar o mundo porque tem sempre uma base segura à qual voltar. Ao longo da vida é capaz de criar relações com significado, e evoluir continuamente, atingindo melhores resultados.
Se essa ligação é frágil e incerta, o mundo parece mais assustador, o que limita as relações sociais, a capacidade de criar vínculos verdadeiros com outros e de confiar plenamente na vida.
Na Teoria do Vínculo, é definido o vínculo seguro e 3 tipos de vínculos frágeis e inseguros: inseguro-ambivalente, inseguro-evitante e inseguro-desorganizado. Tudo depende das experiências vividas nos primeiros anos de vida.
John Bowlby é um autor referência e um pioneiro na investigação do vínculo entre a criança e o cuidador primário, originária na necessidade infantil de segurança e proteção.
A autoconfiança é muitas vezes confundida com a autoestima. A autoconfiança aumenta à medida que treinamos uma habilidade específica.
Quanto mais treino, mais confiança tenho em determinada área e mais autoconfiante fico das minhas capacidades. Ou seja, autoconfiança está ligada ao FAZER. Quando suportada por uma autoestima saudável pode levar a uma grande evolução pessoal e profissional.
O autoelogio é considerado como um sinal de falta de modéstia. Somos os primeiros a usar a autocrítica como motivador interno, mas vemos o autoelogio como algo nada natural.
O autoelogio é essencial para a construção de uma voz interna positiva, deve ser utilizado como um reconhecimento das coisas positivas que fizemos, da pessoa que somos, e como uma voz gentil que nos apoia nos dias menos bons que temos.
O autoelogio é a voz interna do nosso melhor amigo.
A autoestima é um sistema interno que nos permite adaptar, evoluir e crescer… ou desistir perante os desafios. Uma autoestima alta, vê o sucesso dos outros como uma inspiração. O mundo parece cheio de oportunidades de crescimento, e de estabelecimento de relações saudáveis.
Uma baixa autoestima, olha o mundo através da comparação e competição, encara os desafios como boas razões para desistir, e identifica-se demasiado com os erros que cometeu, ou as notas que teve.
“Eu sou Super - Pequenos Exercícios para uma Grande Autoestima” é um livro que trabalha as 9 áreas essenciais para a autoestima infantil, através de 50 actividades práticas e divertidas.
Marshall Rosenberg criou a comunicação não violenta (NVC) que assenta no pressuposto que temos todos necessidades básicas comuns e que a comunicação e ações que praticamos são estratégias para conseguirmos ver satisfeitas uma, ou mais, dessas necessidades.
Ao utilizar a comunicação não violenta, chegamos à verdadeira razão do conflito (interno e externo), é assim possível criar relações mais autênticas e com maior profundidade emocional.
A comunicação não violenta passa por tirar o julgamento da situação e trocá-lo por uma observação isenta, tomar consciência dos sentimentos presentes em nós e das verdadeiras necessidades escondidas. Após estes passos, com clareza fazer um pedido.
Esta forma de comunicar, é um importante aliado para os pais pois permite uma comunicação empática com os filhos, evitando muitas lutas de poder e ensinando os mais pequenos a identificarem as suas verdadeiras necessidades.
O elogio é, muitas vezes, a receita para aumentar a autoestima. Sem reconhecimento, é apenas uma validação externa de algo que foi feito.
Quanto mais elogios se recebe, mais elogios são precisos, e mais se duvida deles. O elogio deve ser sempre acompanhado de reconhecimento pela pessoa e pelo processo evolutivo que apresenta.
Em vez de “És espectacular a andar de bicicleta” experimenta “Notei que já consegues saltar passeios e controlar melhor a bicicleta. Como te sentes em relação a isso?”
As emoções são reações não controladas, automáticas e temporárias que temos perante determinados estímulos. Funcionam como uma forma de comunicação e têm um papel regulador e adaptativo.
Dividem-se em emoções primárias, das quais surgem as emoções secundárias. As emoções primárias vão variando consoante o autor. Paul Ekman, por exemplo, fala de seis emoções primárias: A Raiva, a Alegria, a Tristeza, o Medo, a Surpresa e a Repulsa. Cada uma delas tem uma função ou super poder.
Temos tendência para as dividir em emoções positivas e negativas, e a não as aceitarmos todas da mesma maneira. É fundamental aceitar todas, e assim ajudar a criança aprender a auto regular-se.
Segundo António Damásio, as emoções são mais externas e físicas, mais visíveis. Os sentimentos são a experiência mental que se segue à emoção. É algo mais interno e escondido. Como se fossem as emoções processadas pelo pensamento. São duradouros e ocorrem quando atribuímos significado às emoções.
Growth mindset é um termo desenvolvido por Carol Dweck e explicado no livro Mindset: The New Psychology of Success.
A autora distingue o growth mindset do fixed mindset. O primeiro abraça a inteligência como algo que pode ser trabalhado e treinado tal como qualquer outra competência. Vê os desafios e obstáculos como fonte de aprendizagem, e não algo a evitar. Aprende com as críticas, em vez de as ignorar.
Vê no sucesso dos outros uma inspiração, e não uma ameaça. O growth mindset, segundo a autora, cria uma paixão por aprender, crescer, e evoluir, factores essenciais ao sucesso e à capacidade de abraçar a felicidade.
Quem tem uma inteligência emocional desenvolvida, consegue auto observar e autorregular as suas emoções. Tem um elevado autoconhecimento, noção das suas qualidades e pontos menos positivos, tem um discurso interno positivo, e um elevado grau de automotivação.
Percebe como as suas emoções impactam a qualidade das suas relações pessoais e profissionais. Tem empatia pelas emoções e ponto de vista do outro, o que facilita a resolução de conflitos e a aprendizagem perante dificuldades. É uma das skills fundamentais para o trabalhador do futuro segundo o World Economic Forum.
Um dos autores de referência nesta área é Daniel Goleman.
O Mindfulness é a capacidade de estar totalmente presente de cabeça e de coração. A prática de Mindfulness tem ganho terreno pelos seus benefícios comprovados na saúde física e mental dos praticantes, e pela forma como ajuda a desacelerar a mente numa época tão exigente.
Através do trabalho de Jon Kabat-Zinn e do seu programa de Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR), esta prática com origens na meditação budista espalhou-se nas empresas, na educação, prisões, hospitais e no dia a dia, pois influencia de uma forma positiva regiões do cérebro activadas com as funções executivas capazes de tomar boas decisões. Permite ver as situações de ângulos diferentes, abre espaço para a aprendizagem, para ter regulação emocional, pensamento crítico e criatividade.
O mindfulness é uma espécie de super poder que permite aceder a outras ferramentas internas e abraçar situações desafiantes com clareza e calma.
Os pais, usando técnicas simples de mindfulness, como a PAUSA conseguem agir conscientemente em vez de reagir, servindo assim de modelos de autoregulação emocional para os filhos.
O curso da Mãe Catita - Como Educar com o Coração sem Perder a Razão, ensina-te várias técnicas de mindfulness que vão ser super úteis na tua parentalidade.
A parentalidade consciente, mais conhecida através do trabalho da Dra. Shefali Tsabary, é uma linha de educação que convida a olhar para o mundo interior dos pais, para a qualidade da relação com os filhos, para os padrões, as respostas automáticas, as emoções, triggers, expectativas, e as crenças, tirando o foco do comportamento “correcto” que a criança deve ter e como obtê-lo.
Tomando consciência do que está na origem das nossas reações como pais, tornamo-nos pais conscientes capazes de ser modelos inspiradores para os nossos filhos. Autênticos, presentes, responsáveis e a educar com amor em vez de medo.
A parentalidade consciente, tem ganho adeptos mundialmente pela forma como cria relações profundas e duradouras com os filhos, desenvolve as soft skills essenciais para o futuro, e desenvolve o potencial inato da criança dando-lhe uma autoestima saudável.
A parentalidade positiva ou disciplina positiva, é um modelo de educação desenvolvido pela psicóloga Jane Nelsen e Lynn Lott com origem no trabalho de Alfred Adler e Rudolf Dreikurs nos anos 20.
Distingue comportamentos positivos, de negativos. Foca-se em reforçar na criança comportamentos positivos envolvendo-a em todo o processo, dando-lhe ferramentas sociais e pessoais.