É na interação com o outro que temos consciência de nós. As relações humanas são a maior fonte de evolução, por isso são tão complexas, e tocam partes de nós muito profundas. Despertam emoções fortes, inesperadas, e receios escondidos. Campos minados que escondemos educadamente durante anos.
Como o ser humano desenvolve-se em relação, as crianças precisam de conhecer, testar, explorar os limites dentro de relações seguras para se desenvolverem.
Em que não temos receio que o amor seja retirado se não nos “portarmos bem”, ou senão “correspondermos às expectativas”. Nesse terreno emocionalmente seguro, podemos esticar, explorar e conhecermo-nos. Perceber que cada pessoa é diferente, que tem limites pessoais diferentes, e começar a perceber quais são os nossos e a respeitar os dos outros.
Se é um desafio para nós esta fase de exploração da criança, temos de conscientemente perceber que não é pessoal, que é um desenvolvimento natural e saudável. Elas precisam de carregar em botões, nos nossos botões…
É por isso uma oportunidade única para nós adultos, reflectirmos como os nossos limites pessoais foram, e são, recebidos na nossa vida pelas pessoas à nossa volta. Onde te dói quando os teus filhos estão a aprender o que são limites?