Somos educados a olhar para o que está errado, a notar o erro, a marcar a vermelho a falha. De 50 respostas… erraste 4, em vez de acertaste 46. E são essas 4 que nos pesam, e não as 46 que nos inspiram.
E se os erros não fossem os maus da fita, mas apenas degraus da evolução.
Se fossem apenas aqueles bate-cus que todos sofremos quando aprendemos a andar, marcando o tom dos primeiros passos. A queda, então, inspirava a uma nova tentativa, e não era uma sentença da nossa incapacidade.
No meu livro “Eu sou super - Pequenos Exercícios para uma Grande Autoestima”, existe um capítulo só dedicado ao erro, e à nossa relação com ele.
Uma criança que só nota que erra, desiste. Deixa de tentar. Confunde-se com o próprio erro, e rapidamente grava na sua cassete interna “Eu não consigo fazer nada de jeito”, “Eu não sou válid@“, “Sou sempre a mesma coisa”, “Não vale a pena”.
Cria uma imagem muito distorcida de quem é, e do que é capaz. A sua autoestima fica frágil, e abalada. Procura constantemente no exterior a validação que não encontra dentro de si. Por isso, desenvolve uma fome insaciável de validação.
Quando temos a noção que o erro é necessário para acertar, que é uma faceta positiva do crescimento, há um peso que sai de cima das nossas crianças. Um peso que limita o seu potencial de se desenvolver.
Mudar de um mindset fixo para um de crescimento, é perceber internamente que estamos sempre a evoluir, e quanto mais treinamos, mais expandimos. Mais longe vamos. Tudo depende da nossa dedicação e esforço. Que temos em nós o poder, e a vontade de crescer. E que só não estamos onde queremos, AINDA!
Imagina se os erros nos ajudassem a encontrar caminhos? A procurar mais fundo, e a aventurarmo-nos por novos caminhos? Imagina o enorme potencial que essa mudança de mindset podia gerar? Imagina a leveza que isto nos traria?… E a liberdade e o entusiasmo de abraçar a vida que poderia trazer aos nossos filhos? Imagina que futuro poderia trazer para todos… sem competição, mas com união. Catita, não era?